Envelhecimento da frota de veículos no Brasil
Escassez na cadeia de fornecimento, falta de componentes para a produção de novos veículos, encarecimento das matérias primas, escalada de preços e dos juros impacta negativamente na aquisição de veículos zero quilômetro.
A frota brasileira de veículos tem registrado um envelhecimento, de acordo com o relatório “Frota Circulante”, elaborado pelo Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) a média de idade dos veículos é de 10 anos e 3 meses, segundo o estudo dos 38,2 milhões de automóveis em circulação no Brasil, 23,5% apresentavam idade média de até 5 anos, outros 57,1%, com idade entre 6 e 15 anos e 19,4% apresentaram idade média superior a 16 anos.
O mês de outubro terminou com queda de 6,7% nas vendas de carros zero quilometro no Brasil, são 180,9 mil veículos licenciados em outubro, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
A queda de venda dos veículos novos e o envelhecimento da frota de automóveis no Brasil é reflexo de uma série de fatores econômicos, como a redução do poder aquisitivo da população e o alto custo de vida no país.
O surgimento da pandemia intensificou ainda mais estes obstáculos, com a escassez na cadeia de fornecimento, falta de componentes para a produção de novos veículos, encarecimento de fretes e matérias primas, além da escalada de preços e juros. Tudo isso impacta negativamente na aquisição de veículos zero quilômetro, ou até mesmo, na troca do carro usado por um modelo mais novo. Assim, em cadeia, o envelhecimento da frota se acentua, também, como consequência do contexto pandêmico.