Mercado descrente: Banco Central indica baixa na Selic. Relatório Focus aponta alta nos juros
O prognóstico do Relatório Focus – que reúne as projeções de agentes do mercado –, avalia que será necessário aumentar a Selic para controlar a inflação. Os juros podem chegar a 13% até o final de 2022 e ainda há analistas indicando taxas de até 13,25%. Mas, o Banco Central indica juros na ordem de 12,75%, alcançados até maio.
Boa parte do mercado defende uma Selic mais alta para controlar a inflação em 2023, pois a projeção é de que a inflação suba, semana a semana, no próximo ano. Enquanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirma que a inflação deve cair a partir de abril. Com isso, a expectativa da autarquia é de que o ciclo de alta da Selic acabe já em maio.
A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia, principal instrumento da política monetária do Banco Central para controlar a inflação. O aumento da Selic desacelera a economia, impedindo um aumento significativo da inflação. Quando a taxa é reduzida, o consumo é estimulado e a economia aquecida, mas, a inflação aumenta quando a taxa está abaixo da meta.
As muitas incertezas na economia brasileira repercutem as incertezas na economia mundial. No Brasil, 2022 trouxe um cenário difícil: além das eleições e das consequências da pandemia por Covid-19, a repercussão da Guerra Rússia/Ucrância, aumentou as commodities. As variações na Selic influenciam as demais taxas de juros do país, como as taxas em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.